quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Serenidade Cristã

Quando o evangelho de Jesus Cristo chega ao mundo, se depara com várias correntes filosóficas e religiosas que tentavam auxiliar o ser humano a lidar com os conflitos da vida.
Dentre as tais se destacava um pensamento chamado estoicismo. O estóico treinava a alma para não expressar emoções, quer negativas ou positivas.
Tal atitude estóica ficou conhecida como “apatia”, a que modernamente chamamos de “homem de gelo”.
Quem, nas questões da vida em alguma época ou lugar, não refletiu por algum momento a dor de existir, ou a noite escura da alma? O estar no mundo tem certa cota do trágico, para muitos viver faz mal à saúde.
A fé cristã não contém uma doutrina somente pós vida com aplicação apenas para a eternidade. Esse cristianismo além-terra, pós existência acima do sol, não  condiz com as Escrituras judaico-cristã, nem com a experiência dos homens e mulheres que andaram com Deus no passado.
A obra de Jesus não foi consumada só na vertical, justificação de pecados, há também os elementos horizontais, Deus não nos salva só do inferno, mas também de nós mesmos.
O cristão sereno, ao contrário do estóico, não é alguém impassível diante da realidade, ele a sente, pressente e ressente como qualquer ser humano, a diferença está na maneira como reage em cada acontecer.
O argumento Paulino para o exercício da serenidade reside num fator teológico fundamental, em cada circunstância vivida, Deus está perto (Filipenses 4:5).
Um Deus presente em cada momento altera o estado de espírito de todo aquele que crê. Para o cristão a equação que rege a vida não é definida pela soma do “eu” mais a circunstância, mas, a soma do “eu”, a circunstância e Deus.
Portanto, o alcance da serenidade é totalmente possível no lado de cá. Se viver gera pressão, viver em Deus gera a descompressão. Quando ele está perto, nós não estamos sós e a vida pode ser vencida através de seu poder.
Pr. Edmilson Tavares

Nenhum comentário:

Postar um comentário